Ògún

A estampa de Ògún é uma representação da sua força primordial e seu papel multifacetado como defensor da justiça, da tecnologia, da agricultura e do trabalho. As cores azul marinho e branco expressam a dualidade de Ògún, onde o azul marinho simboliza a energia destrutiva e criadora, e o branco representa a pureza e a moralidade. A espada é o símbolo máximo da justiça de Ògún, presente em suas roupas e adornos, lembrando sua imparcialidade e poder. As espadas cruzadas simbolizam proteção e equilíbrio, enquanto as espirais representam o dinamismo e a transformação que Ògún lidera. As linhas retas simbolizam clareza, propósito e progresso, representando seus títulos de Àsíwájú (O Líder que Vai na Frente), Alágbède (O Ferreiro Mestre) e Oníwàjé (O Senhor da Retidão e da Justiça). Na estampa, Ògún aparece careca, de pés descalços e dançando, simbolizando seu desprendimento das convenções sociais, conexão com a natureza e a terra, movimento e transformação constantes, e sua força como líder e guerreiro. Essa imagem representa um ser bruto, mas profundamente conectado ao mundo espiritual e físico, com uma energia vibrante e transformadora essencial para o equilíbrio e a continuidade da vida e da justiça.

Além da guerra, Ògún é o Òrìṣà da tecnologia, senhor do ferro e metais, patrono dos ferreiros e todas as ferramentas que transformam o mundo. Ele também é ológbìn um grande agricultor, conhecedor dos segredos da terra, e um trabalhador incansável, protetor de todos aqueles que transformam o mundo com seu esforço. A dualidade de Ògún, entre destruição e criação, ogun guerra e paz, tecnologia e natureza, é uma representação poética das forças que são necessárias para o equilíbrio natureza e da sociedade.

Ògún je ire. Ògún a gbè wa o